domingo, 17 de abril de 2011

As diferenças de gênero no empreendedorismo


Embora homens e mulheres valorizem igualmente a retenção de talentos nas empresas, aquelas que são lideradas pelo sexo feminino conseguem fazê-lo com mais facilidade. Esse foi um dos resultados da pesquisa divulgada no mês de março pela ONG Endeavor Brasil.
Para entender as diferenças entre os gêneros no empreendedorismo inovador, entre setembro e novembro de 2010, a entidade ouviu 52 empreendedores - 26 homens e 26 mulheres - de empresas com altas taxas de crescimento e cujo faturamento varia de US$ 100 mil a US$ 10 milhões.
Segundo o levantamento, 57,7% dos homens disseram ter dificuldades na área de RH ou no processo produtivo, ante 34,6% das mulheres. Ainda: enquanto eles se concentram em áreas mais tradicionais, como a indústria, e inovam principalmente na criação de produtos - o que, diga-se de passagem, gera mais registros de patentes entre suas empresas -, elas inovam no processo produtivo, como na implementação de novas técnicas de marketing, RH e integração da equipe.



Por outro lado, como essas inovações são menos "visíveis" para o mercado, as mulheres têm mais dificuldade de obter financiamento: 38,5% dos homens disseram conseguir algum tipo de financiamento governamental, índice que cai pela metade (19,2%) entre as mulheres. "É preciso que as instituições de fomento aprendam a lidar com o jeito diferente de fazer negócios das mulheres. Afinal, um levantamento recente do Global Entrepreneurship Monitor mostrou que 51% dos empreendedores brasileiros são do sexo feminino", diz Amisha Miller, gerente de pesquisa da Endeavor.
Como era de se esperar, independentemente do gênero, os empreendedores têm muito em comum. Um exemplo é que 40% dos homens e 40% das mulheres disseram considerar a família mais importante do que o trabalho. Ainda: ambos valorizam igualmente o crescimento de suas empresas e preferem expandi-las geograficamente, em vez de diversificar os setores de atuação.

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